Há doze dias me sentei na recepção da maternidade com duas malas e um bebê conforto com o precioso presente dentro, nossa segunda filha, de súbito veio o choro descompassado ao lembrar da primeira vez, do nosso primeiro amor. Há seis anos, na mesma ocasião, eu saía sozinha da maternidade e deixava meu tesouro internada, depois de dois meses, eu saía do hospital infantil pela porta dos fundos carregando um caixão. Na segunda vez, saímos pela porta da frente, não com a sensação de quem venceu, mas com a alegria de quem recebeu misericórdia, de quem recebeu mais do que merecia, mais do que pediu. Só quem já saiu de braços vazios de uma maternidade pode entender o tamanho da alegria e da saudade que senti ao sair dessa vez com nossa bebê. Alguns perguntam, “qual a emoção dessa vez?”, lhes direi que é um misto de saudade e de contentamento, saudade porque não terei mais a chance de estar com nossa Mírian aqui, também de alegria por ver a vida seguir com a oportunidade de educar a Ma...
Vida, Teologia e Café
“Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós. Ainda um pouco, e o mundo não me verá mais, mas vós me vereis; porque eu vivo, e vós vivereis”. (João14:18,19)